OS DIREITOS DAS CRIANÇAS SEGUNDO RUTH ROCHA
Todas as crianças têm direito a um nome, a uma casa, a comida e estudo. Mas também têm direito a ouvir histórias, andar na chuva e brincar de adivinhação - afinal, a infância é o tempo em que começamos a perceber o tamanho do mundo e descobrir quem somos. Inspirada nas idéias de igualdade universal - e também nas brincadeiras e emoções que só as crianças conhecem -, Ruth Rocha escreveu um livro de poesia sobre aquilo que não pode faltar durante a infância. O poema começa dizendo que toda criança tem de ser bem protegida/ contra os rigores do tempo/ contra os rigores da vida. Ruth Rocha constrói seu texto brincando com o conceito de direitos da criança - não apenas aqueles que a lei assegura, mas também os que só muita liberdade, brincadeira e alegria podem garantir: direito a correr na beira do mar, a ver uma estrela cadente,/ filme que tenha robô,/ ganhar um lindo presente,/ ouvir histórias do avô.
Em Os direitos das crianças segundo Ruth Rocha, a alegria é a lei maior. Como diz a autora nos últimos versos do livro, embora eu não seja rei,/ decreto, neste país,/ que toda, toda criança/ tem direito a ser feliz!. As aquarelas de Eduardo Rocha, marido de Ruth, são bem-humoradas e delicadas, e dão ao poema uma interpretação visual sob medida, que o projeto gráfico de Raul Loureiro soube deixar ainda mais atraente. O livro traz um apêndice que conta a história da conquista dos direitos infantis desde 1789, com a Revolução Francesa, passando pela Declaração dos direitos da criança, de 1924, e pela criação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), em 1946. O texto apresenta também as conquistas mais recentes, asseguradas na Convenção sobre os Direitos das Crianças, da ONU, em 1989, e pela promulgação no Brasil do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990.
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